Onze fatores a serem considerados na hora de perder peso.
Para que uma pessoa perca peso, deve haver um casamento perfeito entre hábitos saudáveis e suas características pessoais. Por isso, já que somos tão diferentes, não faz sentido que todos sigam a mesma dieta. Fatores como idade, peso, altura, rotina, preferências e objetivos devem diferenciar uma da outra. “Uma dieta deve ser mais individualizada possível. Médicos e nutricionistas precisam se adequar ao paciente, e não o contrário”, diz o endocrinologista Márcio Mancini, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Quanto mais uma dieta se adaptar à pessoa
que vai segui-la, menos difícil será percorrer esse caminho e menos
decepções e desistências acontecerão durante o trajeto. O importante é
saber que uma reeducação alimentar, mais do que a perda de peso, provoca
grandes mudanças na vida de um indivíduo, e é muito mais eficaz e
saudável do que regimes extremamente restritivos. Saiba quais são as 11
características que não podem ser deixadas de lado ao escolher uma dieta
para chamar de sua.
01. Conheça todas as características da dieta.
Entenda o funcionamento de sua dieta ou
reeducação alimentar. Saiba exatamente tudo o que você pode comer, os
riscos que ela oferece e o que pode prejudicar o andamento desse
processo. Além disso, reconheça quais são os resultados: por exemplo,
quanto aproximadamente de peso você irá perder e em quanto tempo. Isso
evita a ansiedade e decepções.
02. Considere particularidades e problemas de saúde.
Existem fatores capazes de interferir
diretamente no valor calórico que uma dieta deve ter, por exemplo, o
metabolismo basal, que é a quantidade de calorias que uma pessoa gasta
quando está parada, e a predisposição genética para ganhar peso. Quem
tem problemas como diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares
deve evitar certos alimentos e priorizar outros. Por exemplo, o
diabético deve evitar frutas que aumentam a glicemia, como uva e
maracujá, e os hipertensos precisam consumir menos sal.

03. Prefira um cardápio com alimentos acessíveis e de sua preferência.
Ninguém aguenta comer o que não gosta por
muito tempo, então escolher alimentos saudáveis e que você goste para
compor uma dieta ajuda a conquistar os resultados. Para aqueles que não
gostam de nada saudável, os especialistas sugerem experimentar pelo
menos um ingrediente novo a cada refeição. A organização do cardápio
também deve considerar a sazonalidade dos alimentos, os preços e a
disponibilidade dos ingredientes em cada região.
04. Entenda por que dietas passadas não deram certo.
“Uma dieta nova deve ser sempre diferente
daquelas que não deram certo”, aconselha o endocrinologista Márcio
Mancini. Para isso, identificar o que prejudicou uma dieta e, depois,
saber como evitar que isso aconteça de novo, é fundamental para que
pacientes e médicos façam juntos um novo programa. Falta de motivação,
dificuldades de adaptação à nova alimentação ou às atividades físicas
são alguns pontos que devem ser revistos quando isso acontecer.
05. Opte por uma dieta segura.
Comer de três em três horas, compor pratos
balanceados, não cortar nenhum nutriente da dieta e escolher um
cardápio com base em alimentos variados e fáceis de encontrar são
algumas das características que fazem com que um programa dê certo sem
causar danos à saúde. A perda de peso é mais lenta e o processo dura
mais tempo do que dietas restritivas, mas funciona mais como uma
reeducação alimentar que valerá para o resto da vida.
06. Identifique quais são os seus pontos fracos.
Antes de começar um processo de
emagrecimento, é bom ter em mente os problemas que poderá enfrentar no
meio do caminho. Saiba se o seu problema com a comida está relacionado à
ansiedade, à impulsividade, ao stress ou à falta de motivação. Depois,
procure algo que possa ajudar a evitar esses problemas. “Busque
alternativas que provoquem sensação de bem estar, como qualquer
atividade física, ioga, meditação, acupuntura ou terapia. Se o problema é
motivação, vá atrás da ajuda de familiares e amigos e frequente mais o
consultório do seu médico”, diz a endocrinologista Gláucia Carneiro.
07. Procure a melhor dieta para a sua idade.
Existem fases da vida em que as pessoas
precisam de uma alimentação consistente ou em que engordam mais.
Crianças, adolescentes, gestantes e idosos não devem seguir dietas
restritivas, a não ser que tenham algum problema de saúde que exija
alguns cortes. Mulheres na menopausa tendem a ganhar mais peso, então a
mesma dieta não funcionaria da mesma maneira para elas e para mulheres
mais jovens, por exemplo.
08. Busque adequar os novos hábitos à sua rotina de trabalho.
O trabalho é o lugar onde as pessoas
costumam passar a maior parte de seus dias e, por isso, a dieta deve
andar junto com essa rotina. Quem faz as refeições em restaurantes pode
se beneficiar com bufês por quilo – se tiver bom senso e autocontrole.
Como é importante comer de três em três horas, os especialistas sugerem
que o paciente leve ao trabalho lanches saudáveis que possam comer à
tarde.
09. Tenha consciência na hora de escolher a atividade física.
Procure atividades que proporcionem
prazer, e não o contrário. A falta de tempo pode ser compensada com
pequenas medidas do dia-a-dia, como estacionar mais longe para andar
mais, subir lances escadas ou falar no telefone em pé. Pessoas com
pressão alta, artrose ou problemas ortopédicos devem consultar um médico
antes de começar qualquer tipo de atividade física.
10. Saiba o que fazer em situações de risco.
Não espere uma festa de criança chegar
para descobrir que você não consegue resistir a tantas tentações. Antes
de começar uma dieta, descubra como você pode se ver livre desse
problema. A nutricionista Thais Arthur diz que não é preciso ser tão
radical em ocasiões especiais. O segredo pode estar em manter-se
rigorosamente nos limites uma semana antes das festas, para que no dia,
um ou outro abuso seja permitido. “Outro aspecto importante é não ir a
jantares ou festas com fome. A regra é sempre comer algo saudável em
casa antes de sair”, diz.
11. Mobilize as pessoas ao seu redor.
As pessoas que cozinham, fazem compras de
supermercado e comem com você devem entender a sua necessidade de dieta e
cooperar. Tente convencê-las de que precisa de ajuda, não de boicotes.
Fontes: Clínica Mayo;
Dra. Gláucia Carneiro, endocrinologista do ambulatório de obesidade da
Universidade Paulista de Medicina; Dr. Márcio Mancini, endocrinologista e
diretor do Departamento de Obesidade da SBEM; Sônia Trecco,
nutricionista chefe do Hospital das Clínicas; Thaís Arthur,
nutricionista do Hospital das Clínicas
[Veja]
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