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sábado, 4 de fevereiro de 2012

HDs: Entendendo as interfaces IDE

Assim como outros componentes, as interfaces usadas como meio de conexão para os HDs passaram por um longo caminho evolutivo. As placas-mãe usadas nos primeiros PCs sequer possuíam interfaces de disco embutidas. Naquela época, as interfaces IDE ainda não existiam, de forma que novas interfaces eram vendidas junto com os HDs e instaladas em slots ISA disponíveis. A primeira interface foi criada pela Seagate, para uso em conjunto com o ST-506, um HD de 5 MB. Em seguida foi lançado o ST-412, de 10 MB. As duas interfaces são chamadas respectivamente de MFM e RLL devido ao método de codificação usado. Além da Seagate, estes HDs e interfaces foram produzidos também por outros fabricantes, como a Quantum e a Maxtor.
Tanto as interfaces MFM e RLL quanto a ESDI possuem uma característica em comum, que é o fato de a controladora fazer parte da interface (e não do próprio HD, como temos hoje em dia). Naturalmente, integrar a controladora ao HD oferece diversas vantagens, pois elimina os problemas de sincronismo causados pelo uso de cabos longos e simplifica todo o design.
Não demorou para que os fabricantes percebessem isso. Surgiu então o padrão IDE, abreviação de "Integrated Drive Eletronics" (que indica justamente o uso da controladora integrada), desenvolvido pela Quantum e a Western Digital.
Inicialmente, as interfaces IDE suportavam apenas a conexão de HDs. Devido a isso, os primeiros drives de CD utilizavam interfaces proprietárias, incorporadas à placa de som, ou mesmo controladoras SCSI. Na época eram comuns os "kits multimídia", que incluíam o CD-ROM, placa de som, caixinhas e microfone.
Para solucionar o problema, foi desenvolvido o protocolo ATAPI (AT Attachment Packet Interface) que tornou-se rapidamente o padrão, riscando as interfaces proprietárias do mapa. É graças a ele que você pode comprar um drive de CD ou DVD e instalá-lo diretamente em uma das portas IDE, sem ter que comprar junto uma placa de som do mesmo fabricante. :)
Na placa-mãe você encontra duas portas IDE (primária e secundária). Mesmo com a popularização das interfaces SATA, as portas IDE ainda continuam sendo incluídas nas placas recentes (muitas placas passaram a trazer apenas uma porta IDE, mas deve demorar mais um pouco até que elas desapareçam completamente).
Cada uma das portas permite instalar dois drives, de forma que podemos instalar um total de 4 HDs ou CD-ROMs na mesma placa:
Existem casos de placas-mãe com 4 portas IDE (permitindo usar até 8 drives) e também controladoras IDE PCI, que incluem duas portas adicionais, que podem ser usadas em casos onde você precise usar mais do que 4 drives IDE no mesmo micro.
Para diferenciar os dois drives instalados na mesma porta, é usado um jumper, que permite configurar cada drive como master (mestre) ou slave.
Dois drives instalados na mesma porta compartilham o barramento oferecido por ela, o que acaba sempre causando uma pequena perda de desempenho. Por isso, quando são usados apenas dois drives (um HD e um CD-ROM, por exemplo), é preferível instalar cada um em uma das portas, deixando ambos jumpeados como master. Ao adicionar um terceiro, você poderia escolher entre instalar na primeira ou segunda porta IDE, mas, de qualquer forma, precisaria configurá-lo como slave, mudando a posição do jumper.
Hardware

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