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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dá para comer no fast food sem engordar



Por mais que a gente se esforce para seguir a cartilha de uma alimentação saudável, tem sempre aqueles dias em que não dá tempo de se programar ou escolher o melhor lugar para comer. Daí, a única opção acaba sendo um fast food. Às vezes nem é por isso: os amigos adoram esses restaurantes e recusar sempre o convite deles pode pegar mal. A boa notícia é que é possível cuidar das medidas nessas situações. Basta ficar com as opções mais nutritivas e saber fazer algumas substituições espertas.
Mas, antes de tudo, um alerta: não faça disso um costume, porque, nesse caso, será inviável segurar o ponteiro da balança. Um estudo feito na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos Estados Unidos, mostra os riscos de transformar a ida a esses restaurantes em hábito. Depois de avaliar mais de 3.500 pessoas, durante 13 anos, a pesquisa constatou que quem prefere fast food a outros tipos de restaurante apresenta os piores perfis de obesidade e taxas elevadas de triglicérides, colesterol e glicose no sangue.
“Uma dieta saudável deve ser variada, colorida, rica em vitaminas e minerais, que são importantes para o equilíbrio do organismo”, diz a nutricionista Catarina Stocco, diretora da CKS Educação Avançada em Saúde, de Curitiba, no Paraná. “Quem come muito em fast foods geralmente consome muito sal, gordura, carboidrato e pouca fibra, o que colabora para o aumento de peso e ainda pode potencializar doenças cardiovasculares.”
Mas ir de vez em quando a uma praça de alimentação não vai fazer mal nenhum. O jeito é tornar o sanduíche mais saudável ou escolher bem os ingredientes que vão compor o prato. De um modo geral, segundo Catarina, algumas trocas são muito bem-vindas: pão francês ou de hambúrguer por pão integral; maionese tradicional por light ou azeite de oliva; queijo prato ou muzzarela por ricota ou queijo branco; presunto por peito de peru.
Como hoje em dia existem fast foods para todos os gostos, é melhor saber se comportar em cada um deles se quiser conquistar a cintura dos sonhos.

Japonês

Apesar de ser baseada em alimentos como peixe e vegetais, fontes de diversos nutrientes, a culinária japonesa tende a ser bastante salgada. Por isso, não exagere nos molhos à base de soja, que costumam ser bastante carregados nesse tempero. Se não for muito familiarizado com essa cozinha, pergunte como são feitos os pratos, para garantir uma refeição mais saudável. Evite as frituras, escolha alimentos como algas, camarão no vapor, sushi, saladas, brotos e champignon.

Árabe

Boa pedida para quem está tentando derrubar o ponteiro da balança. Muito variada, com pouca gordura e regada a ervas e especiarias, essa cozinha oferece opções boas e saudáveis. O melhor é deixar de lado o quibe frito e ir de quibe cru com limão. Resista aos doces sírios e às esfihas de queijo, que são mais calóricos. Pão sírio com babaganush (pasta de berinjela) ou homus (de grão de bico), kafta no espeto com agrião, guisado com salsão e charutinhos de repolho vegetarianos são algumas sugestões saborosas que não vão comprometer as medidas.

Mexicano

A gastronomia mexicana é famosa por seus sabores e aromas atraentes e exóticos. Mas é preciso muita calma nesses restaurantes para não derrapar na dieta. As melhores alternativas são os burritos, os tacos leves e as fajitas, que costumam ser montadas pelo próprio cliente. Em lugar de guacamole e de creme de leite azedo, coloque mais vegetais grelhados e salsa (molho em espanhol). A salsa é livre de gordura e contém tomate e pimentas nutritivas. Peça feijão preto, que é pouco gorduroso, em vez do feijão frito. Se puder, vá de arroz puro — o mexicano pode algumas vezes vir com muito sal. Se for beliscar antes da refeição, troque as batatas fritas por tortilla pura com salsa.


Chinês

O ponto mais positivo da culinária chinesa é o fato de ser rica em ingredientes pouco gordurosos, como vegetais e grãos. Para aproveitar essa característica, fique longe das frituras crocantes e dos rolinhos e não exagere nas porções. Fique com pratos feito no vapor ou que contenham as palavras jum (branqueados), chu (fervidos), kow (tostados) ou shu (assado). Dê preferência aos feitos com frango, frutos do mar ou, melhor ainda, os vegetarianos. Mas, outra vez, cuidado com os molhos, feitos à base de soja ou de glutamato monossódico. Peça separado para não passar da medida.

Pizzaria

Nesse caso, não há segredos. Se puder escolher a massa, vá de olhos fechados na fina. Evite as coberturas com queijos gordurosos e opte, por exemplo, por rúcula e tomate seco, atum, champignon, escarola ou marguerita com muzzarela de búfala.

Lanchonetes tradicionais

Aqui muito cuidado é pouco. A variedade de lanches é enorme e quase nenhum é, pelo menos na versão original, muito amigo da boa forma. Portanto, vamos a algumas substituições que podem minimizar o prejuízo: salgados fritos por assados; queijo quente no croissant por queijo branco no pão integral; misto de queijo prato e presunto no pão francês por queijo branco e peito de peru no pão integral; chocolate quente tradicional com açúcar por leite desnatado e chocolate em pó light; e, finalmente, o hambúrguer. Troque-o por um filé de frango ou de carne de vaca grelhado ou por hambúrguer artesanal grelhado com temperos naturais. O hambúrguer processado tem muita química, gordura e temperos que aumentam a fome. E, claro, nada de acompanhamentos gordurosos, como maionese, ketchup e molho tártaro. Tomate, cebola e alface podem dar mais sabor ao sanduíche sem detonar a dieta.
Consultoria:
Catarina Stocco, nutricionista, especialista em nutrição clínica funcional, nutrição esportiva, e Fitoterapia. Diretora do CKS Educação Avançada em Saúde.
Fonte: Emagrece Brasil.

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