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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Introdução ao Windows 7 para profissionais de TI

A Microsoft acabou de desembrulhar o sistema operacional cliente mais recente, o Windows® 7. O primeiro ponto a ser notado é que essa é uma versão anterior à beta: ela é apenas uma apresentação inicial. Embora a maior parte das informações divulgadas se concentrará em como o Windows 7 facilita as tarefas do dia-a-dia, com uma experiência de usuário aprimorada e cenários de produtividade para usuários finais, pensamos em nos concentrar nas informações específicas de interesse dos profissionais de TI.
Criado tendo como base o Windows Server 2008 e o Windows Vista
Para começar, a arquitetura central do Windows 7 permanece a mesma, uma vez que é construída sobre a mesma base do Windows Server® 2008 e do Windows Vista®. Isso garante que quase todos os PCs, aplicativos e dispositivos compatíveis com o Windows Vista continuarão compatíveis com o Windows 7. Isso é importante se você estiver, hoje, avaliando ou implantando o Windows Vista; não há motivos para parar e esperar pelo Windows 7. Na verdade, os investimentos feitos na adoção do Windows Vista (testes, pilotos, implantação) terão retorno com uma transição mais suave para o Windows 7, quando este for disponibilizado.
Então, o que há de novo no Windows 7?
Ao projetar o Windows 7, a equipe de engenharia concentrou-se no que chamamos de “conceitos básicos” — desempenho, compatibilidade de aplicativos, compatibilidade de dispositivos, confiabilidade, segurança e vida útil da bateria. Esse esforço foi auxiliado pelos dados de telemetria sobre como os PCs estão sendo usados e sobre problemas que resultaram em baixo desempenho ou interrupções. O enfoque nos conceitos básicos não começou com o Windows 7; na verdade, essa é a continuação do trabalho com o Windows Vista que se materializou no Service Pack 1. Embora a primeira versão do Windows Vista tenha enfrentado desafios de hardware e de compatibilidade de aplicativos, os aprimoramentos introduzidos no SP1 e um amadurecimento do ecossistema ajudaram a mitigar esses problemas.
O mais importante para os profissionais de TI serão os aprimoramentos em capacidade de gerenciamento e segurança — e como esses aprimoramentos afetam nosso trabalho diário. Como o Windows Vista, o Windows 7 foi desenvolvido para tornar o gerenciamento de ambientes de PC mais automatizado, controlável e eficiente. Ambos os sistemas operacionais cliente trazem ferramentas e recursos de monitoramento que não estão disponíveis em um ambiente com o Windows XP.
Além disso, a geração de imagens do Windows 7 amplia os aprimoramentos básicos feitos no Windows Vista, adicionando recursos de enumeração e de gerenciamento de drivers. A migração de dados é mais rápida e flexível com o novo recurso de ‘Hardlink’, juntamente com o suporte à migração offline.

Capacidade de gerenciamento

Quando conversamos com os profissionais de TI, normalmente ouvimos sobre os problemas enfrentados ao manter uma configuração padrão e impedir que os usuários finais adicionem software e hardware não autorizados. Além disso, para computadores laptop remotos que passam a maior parte do tempo desconectados da rede corporativa, administrar patches e atualizações é desafiador e não confiável.
  • No Windows Vista, o recurso UAC (Controle de Conta de Usuário) permitiu que mais organizações definissem o modo de usuário padrão para seus usuários, impedindo alterações não autorizadas nas configurações básicas. O Windows Vista também adicionou uma quantidade significativa de parâmetros que podem ser gerenciados com a Diretiva de Grupo.
  • No Windows 7, essas duas tecnologias vão mais longe, com um UAC personalizável que pode ser ajustado para reduzir o número de solicitações de elevação, se isso for apropriado ao ambiente.
  • As Preferências de Diretiva de Grupo também vão além do que a Diretiva de Grupo pode gerenciar e de como as configurações são aplicadas a usuários ou computadores específicos, incluindo componentes que não reconhecem a Diretiva de Grupo.
  • Atualizar PCs móveis que passam a maior parte do tempo desconectados da rede é um problema particularmente desafiador para as organizações de TI. O Windows 7 apresentará o DirectAccess, um recurso que permite o gerenciamento e a atualização de PCs remotos conectados à Internet, mesmo quando eles estão desconectados da rede corporativa.
  • Para os profissionais de TI que não se sentem nem um pouco à vontade com um ambiente de scripts de linha de comando, o novo Powershell v2 e seu editor gráfico ajudam a automatizar tarefas repetitivas com o mínimo de conhecimento em desenvolvimento.

Segurança e conformidade

A segurança é uma daquelas questões eternas do gerenciamento de TI, e a conformidade com normas está se tornando um desafio maior devido ao aumento do número de regulamentações em todo o mundo. Embora o Windows XP SP2 tenha apresentado avanços significativos na segurança de PCs, inovações abomináveis em malware e engenharia social significam que os PCs ainda estão propensos a ameaças de interrupção. Além disso, implementar uma diretiva de conformidade com normas — especialmente para proteger dados confidenciais em PCs móveis — é um desafio em particular.
O Windows Vista introduziu um modelo de arquitetura que aumentou a segurança ao limitar as alterações que poderiam ser feitas no Registro sem as credenciais administrativas e, ao mesmo tempo, forneceu mais instâncias onde usuários poderiam ser implantados no modo de usuário padrão. O UAC ajudou a proteger os PCs, mas, a curto prazo, causou interrupções, pois os aplicativos precisavam evitar a execução de certas tarefas, como a gravação no Registro ou a gravação de dados em pastas protegidas. Com o SP1, um ecossistema em amadurecimento e, em alguns casos, o uso criativo de “correções”, a maior parte dos problemas de compatibilidade de aplicativos foi resolvida e, ao mesmo tempo, foi fornecido esse nível adicional de proteção.
A introdução da Criptografia de Unidade de Disco BitLocker no Windows Vista e a extensão dessa proteção para volumes que não são de inicialização no SP1 forneceram um grau mais alto de proteção a dados confidenciais, necessária em muitos setores.
O Windows 7 aprimora ainda mais esses avanços com um Controle de Conta de Usuário personalizável que permite que os profissionais de TI “ajustem” o recurso com base em seus ambientes; para as instâncias onde mais flexibilidade é concedida aos usuários, menos solicitações de elevação serão exibidas. Ao contrário, em ambientes que exigem um maior controle sobre a infra-estrutura de TI, o UAC pode ser reforçado para minimizar as alterações que um usuário pode fazer.
Para a proteção de dados, o Windows 7 apresenta o BitLocker ToGo™, estendendo a criptografia para unidades removíveis. Esse recurso oferece maior controle sobre as informações que saem da corporação, além de ajudar a proteger unidades USB perdidas ou roubadas.
O Windows 7 também incorpora aprimoramentos aos perfis de firewall e permite que a área TI controle o acesso de usuários específicos a aplicativos específicos, mas falaremos sobre isso com mais detalhes em artigos futuros.

Implantação

O Windows Vista introduziu o formato WIM (Windows Imaging Format), permitindo que um hardware e uma imagem independente de linguagem sejam criados e implantados. Em muitas instâncias, uma única imagem poderia ser implantada e mantida no mundo todo, oferecendo um ambiente mais previsível. Muitas ferramentas novas, incluindo o Microsoft Deployment Toolkit, o Kit de Ferramentas de Compatibilidade de Aplicativos e o Microsoft Assessment and Planning Toolkit, ajudaram a otimizar o planejamento, o teste e a implantação em grande escala.
No Windows 7, a criação e a implantação de imagens foram aprimoradas com avanços como o provisionamento dinâmico de unidades, a ferramenta de gerenciamento e manutenção de imagens de implantação, a transferência de fluxos múltiplos de multicast e aprimoramentos na migração de estado do usuário. Falaremos sobre isso em mais detalhes em artigos futuros da Série Springboard; portanto, visite-a freqüentemente.

Resumo

O Windows 7 promete avanços em capacidade de gerenciamento, segurança, implantação e produtividade do usuário final. Isso significa que você deve esperar ou ignorar? Na verdade, você pode obter o máximo das vantagens hoje com o Windows Vista. Apesar dos problemas de compatibilidade de aplicativos e de hardware da versão original do Windows Vista, houve muito progresso com o Windows Vista SP1 e um ecossistema em amadurecimento, e esse progresso continuará no Windows 7.
Se sua organização não começou a considerar seriamente a adoção do Windows Vista, ou se você avaliou o Windows Vista antes do SP1 e se deparou com muitos desafios, faz sentido reavaliar agora — tanto para obter os benefícios de um ambiente de PC mais avançado quanto para sair na frente na curva de adoção do Windows 7.

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