Intel e ARM já se preparam para invadirem o mercado uma da outra

As trincheiras já estão cavadas entre as fronteiras, e as tropas já até foram posicionadas. Só falta mesmo qualquer grito de guerra pro avanço começar: duas empresas que há pouco tempo nem entravam em suas listas de ameaças, hoje já estão frente a frente para uma invadir o mercado da outra. De um lado a Intel, a chipzilla dona e fabricante dos processadores poderosos, que reina no mundo dos PCs e dos Macs. Do outro lado a ARM, que licencia sua tecnologia para inúmeros fabricantes, e reina absoluta no mundo dos tablets e smartphones. Dois dos mercados mais quentes do momento, e que irão vivenciar a invasão das duas gigantes no mercado da outra.
Os processadores da Intel são de alta performance, os Core i3/i5/i7, excelentes para nossos laptops fazerem de tudo – desde YouTube até conversão de vídeos. E para isso o Windows (ou Mac OS, estou falando de um OS completo) é perfeito para essa plataforma, pois você tem uma máquina versátil e que dura relativamente na bateria (vamos colocar aí uma média de 3 a 4 horas?). Quando veio o conceito de netbook, a Intel tirou boa parte da performance do processador (Atom), pois para o consumidor do netbook não precisa de tanto. Porém o erro é colocar o mesmo OS – Windows – o que deixa o computador super lento. Não bastasse isso, para os tablets a Intel tirou mais performance ainda para consumir menos bateria (Atom Z) – aí você já viu pra onde vai a experiência do usuário (leia: desastre). O processador tem suportar Windows (que engole bateria), mas tem que ser fraco para consumir menos: parece o trailer da Copa de 2010 – o dia que o Brasil estivesse atrás, não ia ter Ganso ou Neymar para virar o jogo – já tava escrito.

Já do lado da ARM nem é namoro, mas aparece como uma bela oportunidade. A ARM não fabrica processadores, apenas a tecnologia. De fato são arquitetos: desenham tudo e dão para os engenheiros construírem. Dessa forma, empresas como Texas Instrument, Qualcomm, NVIDIA e até Samsung pegam a tecnologia, desenham e criam produtos com ela, e daí vendem para as fabricantes.

Talvez para aquele mercado ali dos netbooks e ULVs, mais básicos, o ARM já dá um aperto na Intel. Essa pode ser a grande porta de entrada para eles. Mas para os processadores “normais”, todos poderosos, a ARM ainda tem que evoluir muito sem perder seu consumo de bateria. Porém acho que ela está muito mais perto do que a Intel está para chegar aos níveis da ARM. Tanto é que a primeira guerra já começou: Chrome OS. Os dois primeiros laptops são com Atom, mas porque a Google ainda está terminando o suporte para ARM. Você reparou que só Acer e Samsung entrarem nesse barco? Onde estão HP, Asus, Sony, Toshiba, todos grandes players de netbook? Há. Se eu tivesse que apostar, estão terminando seus Chromebooks – com Tegra 2.
GulaDigital
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