Exercício demais pode viciar
“Atletas que correm em demasia, por exemplo, mostram semelhanças com o comportamento de drogados”, dizem pesquisadores.

Ninguém duvida que a atividade física
faz bem à saúde. Mas em se tratando de exercício em demasia, a coisa
muda de figura. “Junkies” da malhação podem ter os mesmos sintomas de
abstinência do que um usuário de drogas quando tenta largar o vício. É o
que mostra um estudo publicado na revista Behavioral Neuroscience.
Moderação é a palavra-chave
“Atletas que correm em demasia, por
exemplo, mostram semelhanças com o comportamento de drogados”,
escreveram os pesquisadores na publicação. “Como outras coisas na vida, a
moderação parece ser a palavra-chave. O exercício,
desde que não interfira com a rotina do dia a dia, é bom para o corpo e
para a cabeça”, disse Robin Kanarek, da Universidade Tufts, autor do
estudo.
Os pesquisadores acompanharam durante
várias semanas 44 ratos macho e 40 fêmeas, que puderam se exercitar em
rodas especiais para a prática ou permanecer inativos. Para simular a
chamada anorexia atlética, condição potencialmente fatal que afeta malhadores compulsivos e os leva a malhar exageradamente para emagrecer,
os cientistas dividiram os ratos ativos e inativos em grupos a cujos
membros eram dados comida em apenas um momento do dia e naloxona, droga
que produz sintoma semelhantes aos de usuário de heroína em abstinência.
Quanto mais exercícios os ratos fizeram,
piores foram os sintomas. Os ratos inativos e ativos responderam de
forma bem diferente à droga, que foi administrada em doses proporcionais
aos pesos dos animais. Os que haviam se exercitado apresentaram
sintomas similares aos de ratos viciados em narcóticos. [Sport Life]
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